STF decide nesta 4ª se torna Bolsonaro réu por tentativa de golpe.
- Categoria: POLÍTICA
- Publicação: 26/03/2025 08:10

A 1ª Turma do STF (Supremo
Tribunal Federal) conclui nesta quarta-feira (26.mar.2025) o julgamento
sobre a aceitação da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais
sete indivíduos por uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Os cinco
ministros do tribunal iniciam o segundo dia de avaliação das alegações
preliminares apresentadas pelas defesas a respeito da aceitação da denúncia da
PGR (Procuradoria Geral da República). Eles precisam determinar se existem
evidências de crime suficientemente robustas para justificar o início de um processo
penal contra o grupo. A decisão pode levar à transformação dos acusados em réus
por tentarem obstruir a posse do presidente Luis Inácio Lula da Silva. O chefe
da 1ª Turma, Cristiano Zanin, convocou 3 sessões especiais para analisar a
acusação: duas delas já foram realizadas na terça-feira (25 de março), uma às
9h30 e outra às 14h. A última ocorrerá nesta quarta-feira (26 de março), às
9h30. O julgamento diz respeito apenas ao primeiro dos quatro grupos de
acusados. Este grupo abrange o núcleo essencial da organização criminosa, de
onde, conforme as investigações, surgiam as principais decisões e ações com
repercussão social. Fazem parte deste grupo: Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente
do Brasil; Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de
Inteligência); Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, antigo
ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança
Institucional; Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro; Paulo Sérgio
Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Braga Netto, que ocupou o cargo de ministro
da Casa Civil e foi candidato a vice-presidente em 2022. De acordo com o
regulamento interno da Corte, as ações judiciais que se iniciam diretamente no
STF, sem antes passar por outras instâncias, são de responsabilidade das turmas
julgarem. Essa interpretação resulta de uma alteração realizada em 2023,
sugerida pelo presidente do Supremo, ministro Roberto Barroso. Anteriormente, a
responsabilidade era do plenário. Naquela ocasião, Barroso avaliou que o número
de processos decorrentes dos ataques de 8 de Janeiro iria saturar o plenário. A
decisão de transferir para as turmas tinha como meta tornar a distribuição dos
processos criminais mais eficiente, resultando em decisões mais ágeis. O caso
se encontra na 1ª Turma, já que Moraes, membro do colegiado, é o relator da
ação. As defesas apresentaram pedidos preliminares solicitando que o processo
fosse levado ao plenário da Corte, onde um maior número de ministros poderia
deliberar sobre o caso.
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