O juiz André Gonçalves Fernandes, que atuou na 2ª Vara Cível de Sumaré entre 2008 e 2019, foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a três anos, oito meses e dez dias de prisão por corrupção passiva e estelionato. A decisão ainda permite recurso.

Segundo o Ministério Público, Fernandes usava o cargo para obter vantagens indevidas de servidores e cartórios. Em um dos casos, ele teria convencido uma funcionária a pagar R$ 3,1 mil por uma armação de óculos, alegando que seria para o fórum.

O tribunal destacou que a prática era recorrente e planejada. Parte dos recursos era usada no próprio fórum, mas outra parte servia para fins pessoais, como presentes e viagens. A condição de magistrado foi considerada agravante.

A defesa afirma que irá recorrer e reforça que Fernandes sempre agiu com ética ao longo de sua carreira.

A investigação começou em 2021, após apuração da Corregedoria Geral da Justiça. O juiz está afastado desde 2019 e atualmente em regime de disponibilidade.