Após intensa mobilização popular, com protestos de estudantes e pressão de lideranças políticas, o governador Tarcísio de Freitas confirmou nesta terça-feira (8) que o Hospital Estadual de Sumaré (HES) continuará sendo administrado pela Unicamp, por meio da Funcamp. A decisão é considerada uma vitória contra a tentativa de privatização do hospital.

Segundo o governador, o chamamento público atendeu a exigências do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) para formalizar a gestão. A Funcamp foi a única entidade a apresentar proposta, garantindo a continuidade da Unicamp com contrato regularizado.

A mobilização envolveu sindicatos, entidades civis e lideranças como os deputados Jonas Donizette (PSB), Ana Perugini (PT), Simão Pedro (PT), entre outros. Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp também tiveram papel central, com protestos e paralisações alertando para os riscos à formação acadêmica e ao atendimento à população.

Apesar disso, a Câmara Municipal de Sumaré se manteve em silêncio. Propostas de apoio ao hospital apresentadas pelos vereadores Lucas Agostinho e Rodrigo Digão (União Brasil) foram rejeitadas, gerando críticas por parte da população e servidores.

Por outro lado, o prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos) apoiou publicamente a permanência da Unicamp, mesmo sendo do mesmo partido do governador. O episódio evidenciou a importância da vigilância da sociedade e do comprometimento político com a saúde pública.