Posto de combustível em Sumaré entra na mira da Justiça em operação contra o PCC
- Categoria: SUMARÉ
- Publicação: 01/09/2025 16:14
- Autor: Fontes: G1, Ministério Público.
Um posto de combustíveis de Sumaré foi incluído nas investigações da Operação Carbono Oculto, conduzida pela Justiça de São Paulo e considerada a maior ofensiva já realizada contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a apuração, a facção utilizava uma rede de mais de mil postos em diversas regiões do Brasil para lavar dinheiro proveniente do tráfico e de outros crimes.
Segundo informações da Receita Federal, parte desses estabelecimentos recebia pagamentos em espécie ou por meio de maquininhas de cartão, repassando os valores para contas controladas pela organização criminosa.
Posto de Sumaré listado entre investigados
Entre os 19 postos mencionados em decisões judiciais, aparece o de Sumaré, que seguia em funcionamento até a última quinta-feira (28). O nome do proprietário não foi revelado, mas a Justiça aponta conexões com pessoas investigadas por vínculos com o PCC.
Esse estabelecimento aparece em meio a outros localizados em São Paulo, Piracicaba, Arujá, Guarulhos, Praia Grande, Catanduva e municípios goianos.
Estrutura empresarial da facção
As investigações revelam que muitos desses postos estariam registrados em nome de empresários considerados “laranjas” ou de pessoas diretamente ligadas a lideranças do grupo criminoso.
Um dos principais nomes é o de Armando Hussein Ali Mourad, apontado como figura central na proteção do patrimônio da facção. Ele teria relação com postos em várias cidades, incluindo Piracicaba.
Dúvidas em Sumaré
O fato de o posto da cidade seguir em atividade mesmo após a deflagração da operação levantou questionamentos sobre possíveis falhas na fiscalização.
A Receita Federal afirmou que não se manifesta sobre investigações em andamento, mas garantiu que a movimentação do estabelecimento segue sob acompanhamento das autoridades.
Defesas e repercussão
O portal g1 buscou contato com os representantes legais dos empresários mencionados — entre eles Gustavo Nascimento de Oliveira, Renan Cepeda Gonçalves, Armando Hussein Ali Mourad e Ricardo Romano — mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
Operação Carbono Oculto
A ação é considerada histórica no enfrentamento ao PCC, pois foca não apenas no tráfico, mas também nos mecanismos de lavagem de dinheiro que fortalecem a estrutura da facção em diversos estados do país.
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