A cidade de Hortolândia (SP) foi palco de uma operação importante neste sábado (18) da Polícia Militar Ambiental, que resultou no resgate de 46 aves silvestres mantidas ilegalmente em cativeiro. A denúncia anônima permitiu à corporação localizar os animais, entre os quais estava a espécie Caboclinho — reconhecida no Decreto nº 63.853/2018 como espécie ameaçada de extinção no Estado de São Paulo. 

Foi constatado que o detentor das aves não possuía cadastro ativo como criador amadorista de passeriformes regulamentado, o que caracteriza crime ambiental. Em razão disso, foi lavrado auto de infração no valor de R$ 27,5 mil. 

As 46 aves apreendidas correspondiam a diferentes espécies, tais como: Caboclinho, Canário-da-terra, Trinca-ferro-verdadeiro, Galo-de-campina, Tico-tico-rei, Papa-capim, Sabiá-barranco, Garibaldi, Tiziu, Encontro, Tico-tico, Sanhaçu, Bigodinho, Papagaio-verdadeiro e Tuim. 

Os animais foram encaminhados ao Instituto Belas Aves, em Limeira (SP), onde passarão por avaliação, manejo e reabilitação conforme necessidade. 

Esse tipo de ação reforça a importância da vigilância, da denúncia cidadã e da atuação efetiva dos órgãos ambientais para garantir a proteção da fauna silvestre — não apenas dos animais comuns, mas especialmente das espécies já reconhecidas como ameaçadas. O decreto estadual citado prevê que as espécies da fauna silvestre identificadas como “ameaçadas de extinção” devem ser preservadas e têm sua utilização condicionada a regras especiais. 

Por que isso importa:

• A manutenção de aves silvestres em cativeiro sem autorização favorece o comércio ilegal, reduz a biodiversidade e pode levar ao desaparecimento de espécies.
• A Caboclinho está sob regime de proteção especial, o que torna ainda mais grave a ocorrência.
• O valor da multa e a atuação da polícia servem como alerta para práticas irregulares e para a necessidade de consciência e responsabilidade ambiental.

A Polícia Militar Ambiental reafirma que denúncias à população são fundamentais para que casos como este sejam coibidos. Quem tiver informações sobre manutenção ilegal de fauna silvestre pode (e deve) entrar em contato com os canais oficiais para ajuda.